quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nove rios de porra

Era a última vez que ela levava por trás. Literalmente, digo. Naquele mundo onde as televisões nunca são desligadas, onde as camisetas são rasgadas e tudo é lubrificante e ela conseguiria se afogar num mar de substâncias que preenchiam seu cu para deixá-lo liso e escorregadio tal qual um tobogã ela jurava gritando enquanto mordia a fronha e sentia tudo sendo rasgado por dentro era a hora de injetar algo injetem algo no meu rabo ela gritava a plenos pulmões até que um pau calou sua boca e uma outra língua feminina começou a envernizá-la era só o que me faltava - ela pensou - eu vou ser empalhada, esses filhos da puta não vão me deixar sair viva daqui viva a taxidermia

Diziam que ela chupava um pau que nem ninguém essa moça de família burguesa essa vagabunda que dá pra todo mundo essa degenerada imoral mas o quela podia fazer - não era puta, tinha contas a pagar - eram seus amigos, que sempre quiseram meter no seu rabo - e agora metiam quase todo dia - deviam ser gays, nunca viu alguém gostar tanto de sexo anal

Hoje ela pensou em tanta coisa hoje ela estava morrendo de dor hoje ela vai morrer de dor agora ela está agonizando agora ela rola pelo chão rola pela cama agora não sabe mais quem agora vai receber tantos paus quanto possíveis bem que diziam que cu buceta e boca no final das contas era tudo buraco e agora ela não pensa mais é tanto pau e seu clitóris e seus seios sendo chupados agora ela cavalga em frente cavalga ao horizonte lança em riste atravessa alguém bebe seu sangue enforca com as tripas nascem asas de mariposa cai despinhadeiro abaixo arrebenta todo o seu corpo quebra o crânio desloca a coluna fratura exposta os pés quebrando e girando em trezentos e sessenta graus em câmera lenta e os olhos atravessados por pedras pontudas e caindo na água e escalando navios e seu corpo sendo lambido e todos os buracos sendo preenchidos ela não viu isso em nenhum filme ela tem certeza que não mas quando você está morrendo que diferença faz afinal de contas quantos filmes você viu

Pau veludo vinil buceta tapete penteados esdruxúlos morte súbita combustão espontânea cu lubrificante KY erupção acne gozo fluído topetes chapéus rosa-choque lâmpadas queimando soterrada por mariposas rayban quebrando e furando seus olhos estamos todos em chamas iremos morrer carbonizados em alto mar deus ainda irá nos estuprar e veneno de rato corre por nossas veias e tudo vai acabar quando a gente vomitar juntos na banheira cheia de gelo e vendermos nossos rins em troca de uma trepada bem que eu saiba que nós nunca conseguiremos parar com isso

Obrigada por me deixarem no chão coberta de porra, vocês não sabem como eu amo isso

7 comentários:

  1. UAU!! Ficou foda!
    AHuAHuahaU
    Muito bom mesmo!
    uhuuuullll
    Clap, clap!
    Um viva. Todo mundo metendo nela.
    O que pode ser mais bonito do que isso?

    ResponderExcluir
  2. UASUHASHUSAHUSAHASUHAS, ORGIA!
    um dia pretendo comemorar um ano de blog fazendo isso com vocês.
    Cara, pobre dela, se tivesse mais buracos, estaria perdida

    ResponderExcluir
  3. Ela morreu feliz, que bonitinho.
    Gostei pra caralho literalmente.

    ResponderExcluir
  4. Nunca me dei bem com a escatologia... Educação católica de colégio interno?
    Não, mais que isso.
    Mas não fico escandalizado. Ler e viver, para mim é opção.

    ResponderExcluir