segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tiros em veludo.

Sorriu com a poesia escrita em sangue, pingando nas palavras.
Um corte profundo em todo o lirismo, um grito perdido no além. Saberiam um dia dos tiros? Ninguém ouviu nada mais do que os gritos daquele que uivava constantemente, dito como louco, crente em sua escrita. Foram 5 tiros, talvez 7, os peritos ainda desconfiariam de 8, mas jamais se importariam em como aquelas balas foram parar exatamente nele. Só estavam dele, metafisicamente falando, espiritualmente falando, aquela porra toda de chumbo jamais o acertara, era só veludo a pele, azul mesmo. Escapou por um triz, mostrando o dedo do meio para Deus e seus anjinhos sacanas. Poderia escolher alguém para lhe guiar pelo inferno. Estava livre, perdendo tudo.
Tocando o céu, teria todas as notas.

As digitais da arma encontrada algum tempo depois eram de várias musas cansadas de tanta mentira rimada em versos

- Quer poesia?

BANG BANG BANG

9 comentários:

  1. rs, ainda bem que as digitais eram de quem sempre se satisfaz mais com as mentiras que sempre procuram, do que com a verdade que está fora de qualquer poesia. Na verdade, não há verdade nem mentira na poesia, isso é coisa de quem se preocupa em desvendar o óbvio que não consegue entender.

    Bom, acho que também morri. Bang também em mim, rs.

    ResponderExcluir
  2. vcs deveriam passar uma tarde embaixo do masp e matar todos aqueles babacars, idiotas, imbecis que nao tem oq fazer. e aunica coisa que diziem é: gosta de poesias? é 10 real meu livro. vao se foder

    ResponderExcluir
  3. [não me sinto em perigo... só estou em vias de extinção; fico aguardando por uma segunda vida, como poeta de primeira!]

    um imenso abraço

    Leonardo B.

    ResponderExcluir
  4. Poesia não se destrói tão fácilmente quando é pura,quando é de entrega,sem máscara..motrando o lirismo necessário!
    Conquistar com poesia barata é o piorrrr!
    Ja passei por isso!

    ResponderExcluir
  5. Deus é sacana, e as musas são mais ainda.
    Quando não te arrancam palavras, te matam.
    Te matam de amor, te matam de dor. Te matam de tristeza e de nostalgia.
    E não te deixam nem o dinheiro do táxi pra contar história.

    ResponderExcluir
  6. Ei! Eu faço poesia e não minto!




    quer dizer...quase nunca!

    kkkkkkkk




    Gostei do texto.

    bjoss

    ResponderExcluir
  7. eu achei diferente das coisas que eu ja li... Muito bom, mas nao consegui comentar.

    ResponderExcluir