sexta-feira, 30 de abril de 2010

Medo do perigo e o ato ritual é uma tentativa simbólica de afastar o futuro

Existe algo errado em mim, estou me deixando morrer de fome por assombros de minha própria psicose. Eu sou um ser humano de insipidez raríssima, isso me torna único pra ela que beija cem bocas, todas sujas e promiscuas. Ela tem o maior decote e os mais belos seios de São Paulo. A cada noite em uma cama diferente (vende a alma, aluga o amor e dá a bunda). A cada dia um problema diferente (cetamina).
Não me ame e sangre todo mês. Ah, se eu pudesse correr ou foder como antigamente... Quem me dera unir minha pica a tal ferida. Gaveta vazia, viciada, prostituta! Sentimentos que eu não posso socar como a boca enrugada e vermelha... Um beijo se rompe com violência em meu punho. Não sei andar mais sozinho pelos caminhos... Porque não sei mais andar sozinho (O problemático).
A osteoporose juvenil... Meus dentes estão esfarelando... Cuspo o tempo todo. Não sei o que está errado... E eu me conheço de cor e salteado. Existe algo horrível acontecendo dentro de mim. Uma dor, como se eu vivesse engasgado. Convulsão, convulsão... Meu fígado ardia. Vomitei o estômago e tive uma noite horrível... Sujei o tapete laranja com vômito roxo. Cai de uma vez e por uma vida inteira. Ao som de mulheres que masturbavam violentamente violinos... Alguém apontava todos os meus defeitos desde o pé do diabo até o anjo obeso. Então eu acordo para não dormir nunca mais e eu volto a ser o excêntrico de tristeza e medo.

Frase Laranja da Sexta Feira:
"Quando a gente está cansado, dá uma bruta vontade de dizer que sim"
Millôr Fernandes

3 comentários:

  1. Gostei da parte: "não me ame e sangre todo mês."
    Bom texto.

    http://marcostrauss.blogspot.com/

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  2. o bom dessas histórias é que a gente cai dentro direitinho.

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